Por Karina Michelin

Enquanto o Supremo Tribunal Federal encena o teatro farsesco da “legalidade” para condenar opositores políticos, no Senado da República surgem as revelações mais graves sobre o que realmente aconteceu em 8 de janeiro.

O advogado Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de ordens de Alexandre de Moraes, trouxe à tona provas irrefutáveis: o ministro teria fraudado o relatório que fundamentou as buscas e apreensões contra empresários de um grupo de WhatsApp.

A ordem foi emitida apenas com base em uma reportagem de Guilherme Amado. Depois, para dar aparência de legalidade, Moraes adulterou as datas, fingindo que já existia investigação prévia. Um escândalo sem precedentes.

Os empresários atingidos pela canetada de Moraes sofreram consequências devastadoras: tiveram casas e escritórios invadidos pela Polícia Federal, celulares e computadores apreendidos, contas bancárias bloqueadas, passaportes suspensos e até o sigilo fiscal quebrado - tudo a partir de uma reportagem de jornal e sem qualquer indício concreto de crime.

Além da asfixia financeira, foram submetidos a uma verdadeira execução midiática, expostos como “golpistas” antes mesmo de qualquer julgamento. Muitos viram contratos rompidos, negócios paralisados e a reputação destruída.

O mais grave: tudo se baseava em conversas privadas no WhatsApp, sem qualquer ato prático ou ilícito. Ainda assim, foram tratados como criminosos de alta periculosidade - um dos maiores exemplos de perseguição judicial da história recente do Brasil.

E, no mesmo dia em que o Senado expôs os abusos do STF, Tagliaferro foi censurado. Parlamentares agora pedem que a Itália garanta sua segurança física, e que o Ministério da Justiça brasileiro proteja seus familiares no país. A verdade é que testemunhas-chave se transformaram em alvos de perseguição judicial.

A pergunta que se impõe é inevitável: quem está realmente tentando subverter a democracia - os acusados no banco dos réus ou um tribunal que fabrica provas, adultera datas, censura testemunhas e ameaça dissidentes?

O verdadeiro golpe contra o Brasil nasceu dentro do STF.