Por Karina Michelin
O 3 de agosto de 2025 ficará marcado como a data em que o país rompeu o silêncio e voltou a ocupar as ruas em massa. De São Paulo a Natal, de Goiânia a Florianópolis, de Vitória a Belo Horizonte, passando por Campo Grande e dezenas de outras cidades, uma onda de manifestações tomou praças, avenidas e orlas de todos os estados.
As mensagens eram diretas, sem espaço para interpretações: “Fora Lula” e impeachment imediato de Alexandre de Moraes. Cartazes contra censura, perseguição política e autoritarismo se misturaram às bandeiras verde‑amarelas e aos gritos por anistia aos presos de 8 de janeiro.
Na Avenida Paulista, o ato virou um mar humano. O deputado Nikolas Ferreira incendiou a multidão com um discurso que ecoou pelo centro financeiro do país.
Em Copacabana, o senador Flávio Bolsonaro ergueu o telefone para que a praia inteira ouvisse a voz do pai. Mesmo sob prisão domiciliar, Jair Bolsonaro falou ao povo:
“O Brasil está acordando. A luta não acabou.”
De sua casa, monitorado por tornozeleira eletrônica, o ex-presidente acompanhou cada ato e cada imagem transmitida das ruas.
Organizadores estimam manifestações simultâneas em ao menos 37 cidades, configurando a maior mobilização descentralizada da oposição em 2025. Mais do que um protesto, o 3 de agosto foi um aviso claro e retumbante: a paciência do povo acabou.
Agora, a pressão se desloca para Brasília. Senadores da oposição prometem protocolar ainda nesta semana pedidos de impeachment contra Alexandre de Moraes e reforçar o clamor pela anistia dos presos políticos.
As imagens aéreas são inequívocas: avenidas tomadas, praças lotadas, o verde e amarelo cobrindo cidades inteiras. Um recado claro ao regime: o Brasil está reagindo - e não vai recuar.