Por Rafael Nogueira
Nesta quarta-deira, 24 de julho de 2025, diante de um tribunal desconfortável, Filipe Martins encarou a mentira nos olhos e desmontou, ponto a ponto, a farsa montada contra ele.
Foi a primeira vez que ele pôde falar dentro do processo.
Já tem dois anos que ele vive preso -- em casa, mas de tornozeleira, impedido de usar redes sociais, de trabalhar, de falar com imprensa, de sair à noite --, acusado sem provas, condenado sem julgamento justo, submetido a um processo que se alimenta de política, torturando contra os fatos para que deem conta de informar algo contra eles próprios.
Durante o interrogatório, Filipe não se vitimizou, não hesitou, não se calou. Manteve a calma, apresentou documentos, citou a própria denúncia da PGR para expor suas contradições, lembrou dos registros de entrada no Alvorada, e não deixou margem para dúvida: não há nenhuma prova de reunião conspiratória, porque ela não existiu. Não há nenhuma viagem internacional, porque tudo é invenção.
Meus amigos, pensem: mesmo diante disso, ficou dois anos preso, porque é do grupo político que perdeu a eleição.
Enquanto isso, a acusação se perdia no celular, evitava olhar de frente, silenciava.
Filipe ainda conseguiu fazer o juiz rir de suas piadas. Não por desrespeito à gravidade do momento, mas pela serenidade, pela segurança, pela maturidade de quem sabe que a verdade, mais cedo ou mais tarde, emerge.
Não está em julgamento um crime, mas uma posição política. O homem ousou pensar -- e pensar bem, porque é muito inteligente -- de modo diferente da casta que, há anos, ocupa espaços sem ser contestada. O processo contra Filipe Martins é a página vergonhosa da Nova República.
E nós, povo brasileiro? E a tal elite rica que, em tese, é culta e toma decisões com seriedade? Aceitaremos mesmo que basta pensar diferente para ser tratado como criminoso? Para botarmos um inocente na cadeia por 2 anos que não voltam mais, e que ninguém poderá reparar?
A verdade está posta. O Brasil precisa ter coragem de reconhecê-la. E que não fiquem arrastando esse vexame. Libertem Filipe Martins já. Já.