A permanência do ex-general Walter Braga Netto na prisão, é um dos episódios mais injustos de toda a história desse país.
Isso porque estamos falando de um cidadão que, além de ter uma ficha completamente limpa, ainda tem relevantes serviços prestados, não só ao Brasil, mas também a cidadãos de outras partes do mundo.
Entre os serviços prestados por ele, podemos citar o tempo que passou no Timor Leste, como integrante das forças de paz da ONU, e o seu periodo como interventor na segurança pública do Rio de Janeiro, um dos estados mais violentos do país, que durante a sua gestão, teve um período de relativa tranquilidade.
A defesa do general apresentou agravo regimental ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a reconsideração da decisão que manteve a prisão preventiva do militar, decretada em 14 de dezembro de 2024 e a substituição por outro tipo de medida cautelar.
Esta é a quinta vez que a defesa de Braga Netto solicita reconsideração da prisão.
O recurso, protocolado na terça-feira (22), foi direcionado ao ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal, e pede alternativamente que a revisão seja avaliada pela turma julgadora, neste caso, a Primeira Turma, composta dos ministros Cristiano Zanin (presidente), Cármen Lúcia, Luiz Fux, Flávio Dino e o próprio Alexandre de Moraes.
A defesa argumenta que as razões para a manutenção da prisão são genéricas e não apresentam fatos novos ou concretos que a justifiquem, especialmente após o encerramento da fase de instrução processual, em junho de 2025.
Nesse momento, a ação penal entrou na etapa de alegações finais, o que, segundo a defesa, descaracteriza a necessidade da prisão preventiva.
Outro ponto destacado é a publicidade da delação do tenente-coronel Mauro Cid. Foi a suposta tentativa de interferência de Cid que motivou a prisão inicial do general.
A delação já foi tornada pública, e depoimentos prestados indicam ausência de pressão ou tentativas de manipulação por parte de Braga Netto.