Por Karina Michelin

Em uma medida sem precedentes, o governo dos Estados Unidos anunciou oficialmente a revogação imediata dos vistos do ministro Alexandre de Moraes, de seus aliados na Corte e de seus familiares.

A decisão foi comunicada nesta quinta-feira , 18 de julho, pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, por meio de sua conta oficial na plataforma X.

Segundo Rubio, a medida foi tomada em resposta ao que classificou como uma “caça às bruxas política” conduzida por Moraes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, com efeitos que extrapolam o território brasileiro e atingem cidadãos e empresas norte-americanas.

“A perseguição e censura promovidas por Moraes são tão abrangentes que não apenas violam os direitos fundamentais dos brasileiros, mas se estendem além das fronteiras do Brasil, atingindo os americanos”, declarou Rubio.

Rubio afirmou ainda que o presidente Donald Trump deixou claro que a atual administração responsabilizará autoridades estrangeiras envolvidas em atos de censura contra a liberdade de expressão protegida pela Constituição dos EUA.

“Ordenei a revogação dos vistos de Moraes e seus aliados no tribunal, bem como de seus familiares próximos, com efeito imediato”, disse o secretário.

A iniciativa é parte de um pacote de medidas que o governo Trump estuda implementar contra o Brasil, incluindo: Sanções diplomáticas com base na Lei Magnitsky Global; aumento de tarifas de importação para até 100%; punições conjuntas com países da OTAN; e até restrições tecnológicas, como o bloqueio parcial do sistema GPS - segundo apurou a Folha de S. Paulo.

Nos bastidores diplomáticos, a mensagem é clara: os Estados Unidos não tolerarão regimes judiciais autoritários travestidos de democracia, tampouco aceitarão a perseguição extraterritorial a plataformas e vozes americanas que criticam o governo brasileiro.

A medida representa um terremoto na relação bilateral e lança o Brasil - sob a liderança de Lula e de seu STF - no centro de uma crescente crise internacional sem precedentes.