O senador Eduardo Girão (Novo-CE) defendeu nesta sexta-feira (18) o fim imediato do recesso parlamentar para que o Senado vote pedidos de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele classificou como “sórdida e programada” a operação da Polícia Federal que impôs medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de acesso às redes sociais — justamente no dia seguinte ao início do recesso constitucional.
Para Girão, a data da operação foi escolhida estrategicamente para “calar o Parlamento” e impedir reações imediatas de aliados de Bolsonaro.
“Fazer isso um dia após o recesso é para excluir a voz dos parlamentares que poderiam reagir a essa perseguição. Por mais que alguém critique Bolsonaro ou não goste dele, isso é implacável, injusto. Se o Brasil tivesse o mínimo de Justiça — e não justiçamento — isso seria rechaçado por todos, independente de corrente ideológica.”, disse à Gazeta do Povo.
O senador manifestou solidariedade ao ex-presidente e à sua família, e afirmou que o episódio revela um “ódio orquestrado” contra Bolsonaro, com consequências que extrapolam a política e afetam a credibilidade institucional do país.
“O presidente americano não está reagindo por causa da tarifa — ele está reagindo à censura imposta ao Brasil, ao autoritarismo. O mundo já não enxerga o Brasil como uma democracia”, alertou.
Girão cobrou ação imediata do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), pedindo que convoque sessão extraordinária para suspender o recesso e votar os pedidos de impeachment contra ministros do Supremo.
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro convocaram manifestações para este domingo (20), em diversas capitais do país, com o mote de "defesa da liberdade".
A mobilização ocorreu dois dias após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), impor uma série de medidas cautelares ao ex-presidente, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, entrega do passaporte e proibição de contato com outros investigados.
A deputada Bia Kicis, na Manifestação pela Liberdade, disse que a família Bolsonaro e os patriotas estão sendo tratados como traidores da pátria. Ela deixou claro: não quer sair do Brasil, nenhum deles quer, e não aceita ver o país virar uma nova Venezuela.”
Gazeta do Povo