A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), tem enfrentado obstáculos na articulação política do governo federal junto ao Congresso Nacional.
Em pouco mais de três meses à frente da pasta, a petista viu a base aliada sofrer derrotas em votações importantes, além de lidar com sinais de insatisfação entre parlamentares governistas.
Gleisi foi nomeada para o cargo em 25 de fevereiro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), substituindo Alexandre Padilha, que foi transferido para o Ministério da Saúde.
A mudança ocorreu após dificuldades de Padilha em dialogar com o Legislativo, especialmente com o presidente da Câmara dos Deputados à época, Arthur Lira (PP-AL). A expectativa era de que Gleisi, então presidente nacional do PT, conseguisse melhorar a interlocução com o Congresso.
Desde então, no entanto, a ministra acumulou reveses. Um dos episódios mais recentes foi a derrota do governo na votação sobre o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
A urgência para derrubar a medida foi aprovada por 346 deputados, e o mérito do projeto teve ainda mais votos contrários: 383. Apesar de contar com o apoio do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a articulação foi prejudicada pela insatisfação de parlamentares com a demora na liberação de emendas.
A pasta comandada pela petista, por sua vez, afirma que os repasses têm sido mais ágeis em 2025. Segundo a Secretaria de Relações Institucionais, até o dia 24 de junho, foram pagos R$ 408 milhões em emendas parlamentares, o equivalente a 1,78% do total previsto. Em comparação, no mesmo período de 2024, o percentual foi de 0,35%, e em 2023, de 0,61%.
Fonte: Gazeta do Povo