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O fundo é pra desenvolver o Nordeste - Mas o recurso foi pro Rio (?)
Publicado em 04/10/2025 08:58 • Atualizado 04/10/2025 09:04
Cidadania

Por José Maria Caires 

Eu sei que vocês já devem estar até cansados de receberem meus textos reivindicando as obras estruturantes que são essenciais para o desenvolvimento de nossa região. Desculpem a inisistência, mas os últimos aconteceimento me obrigam a lhes trazer mais um.

A Constituição Federal de 1988 criou o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste - FNE, com a finalidade de desenvolver a nossa região, historicamente desfavorecida pelos investimentos do governo central do país, que sempre priorizou as regiões sul e sudeste.

Em Vitória da Conquista há um grupo de pessoas, do qual eu participo, que mantém uma mobilização permanente com o objetivo de atrair obras estruturantes para a região.

O novo aeroporto foi uma delas. A barragem do Rio Pardo é outra. Já a Duplicação da Rio Bahia, é o foco prioritário desse movimento atualmente.

O que me traz aqui agora, foi a informação que obtive recentemente, de que esses recursos do FNE, que seriam destinados a estimular exclusivamente o desenvolvimento da região Nordeste, estão sendo aplicados com outras finalidades.

Vejam esses exemplo: recursos do FNE, estão sendo utilizados pela EcoRodovias, responsável pelos 726,9 quilômetros do Sistema Rodoviário Rio de Janeiro (RJ) - Governador Valadares (MG), para promover melhorias na rodovia.

Ao longo de todo o percurso, a intervenção vai impactar positivamente em 36 municípios, que contam com população estimada em mais de 15 milhões de habitantes. Essa estrada, em sua maior parte, fica no estado do Rio de Janeiro.

No total, estão previstos 303 quilômetros duplicados e 255 quilômetros de implantação de faixas adicionais, financiados pelo Banco do Nordeste, com recursos do FNE.

Pois bem, enquanto fundos que deveriam estar sendo aplicados em nossa região, estão indo para outros destinos, nós temos implorado para fazer as nossas faixas adicionais no sudoeste da Bahia, no coração do Nordeste, carente de desenvolvimento. 

Não que o Rio de Janeiro não mereça, mas temos obrigação de protestar, quando percebemos claramente que a nossa está sendo preterida.

 

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