O avanço da China sobre o agronegócio brasileiro não se limita ao crescente volume de importações, que hoje representa quase um terço de toda a produção nacional do campo enviada ao exterior.
Empresas públicas e privadas do país asiático estão cada vez mais presentes em toda a cadeia produtiva do setor: da produção de sementes e comércio de insumos até a operação de terminais portuários para o escoamento de commodities.
Uma das maiores tradings de grãos atualmente no Brasil é a Cofco International, de controle estatal chinês.
A empresa, que opera em 36 países, entrou no mercado brasileiro uma década atrás, quando adquiriu o controle da holandesa Nidera, que já atuava no Brasil com a venda de sementes de cultivares de soja e milho, e da Noble Agri, então uma unidade do Noble Group, de Singapura, que já contava com quatro usinas de cana-de-açúcar no Centro-Sul brasileiro.
Além do agro a China está negociando com o governo brasileiro benefícios especiais no setor automotivo e privilégios na exploração de minerais raros do subsolo nacional.
Alguns analistas alertam que a chamada "inavasão chinesa" acabe criando um grau de dependência do Brasil em realação ao regime comunista chinês, o que pode acabar inerferindo também na adoção de regras resritivas às liberdades dos cidadadãos para atender a interesses dos ditadores asiáicos.