O conservadorismo continua majoritário entre os brasileiros, segundo pesquisa Ipsos/Ipec divulgada nesta segunda-feira (28). O Índice de Conservadorismo Brasileiro (ICB) caiu de 0,665 em 2023 para 0,652 em 2025, numa escala que vai de 0 (totalmente progressista) a 1 (totalmente conservador).
Apesar do recuo, o índice ainda é mais alto do que os níveis registrados em 2021 (0,639) e 2022 (0,637). De acordo com o levantamento, 49% da população possui alto grau de conservadorismo, 44% estão no grupo médio e apenas 8% se classificam como de perfil baixo.
A leve redução no índice é atribuída, sobretudo, a mulheres, pessoas com mais de 60 anos, indivíduos com menor escolaridade, baixa renda familiar e moradores das regiões Norte e Centro-Oeste.
Embora haja sinais de mudança em temas comportamentais, pautas ligadas à segurança pública continuam com amplo apoio da maioria da população. Segundo o estudo, 72% dos brasileiros são favoráveis à prisão perpétua para crimes hediondos, contra 21% que se opõem. 65% defendem a redução da maioridade penal, enquanto 28% são contrários.
A maior oscilação identificada no estudo se refere à aceitação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, que caiu de um patamar estável de 44% nos últimos anos para 36% em 2025. Já a rejeição, subiu para 47%, revertendo a tendência anterior de maior aceitação.
Em relação ao aborto, 75% da população se diz contra a legalização, mantendo a estabilidade observada em pesquisas anteriores. Já a pena de morte perdeu apoio. 49% agora são contra, enquanto 43% se dizem favoráveis.
Quanto à posse e ao porte de armas de fogo por cidadãos comuns, o levantamento mostra que 61% são contra o porte e 54% rejeitam a flexibilização dos critérios de posse.
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