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Haddad não aceita derrota do IOF - Quer acionar STF
Publicado em 26/06/2025 23:44
Economia

O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, sinalizou que o governo pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para manter o aumento do IOF que foi derrubado pelo Congresso nesta quarta (25), tanto por parlamentares da oposição como da própria base governista.

O caminho a ser tomado está em discussão com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quinta (26), e a judicialização é uma das alternativas em estudo pelo governo.

“Vamos ver agora qual vai ser a decisão do presidente, que pode ser de questionar a decisão do Congresso. Na opinião dos juristas do governo, que tiveram muitas vitórias nos tribunais, [a derrubada do decreto] é flagrantemente inconstitucional.

Sendo uma prerrogativa legal, nem nós devemos nos ofender quando um veto é derrubado e nem o Congresso pode se ofender quando uma medida é considerada pelo Executivo incoerente com o texto constitucional”, disse em entrevista à Folha de S. Paulo.

A decisão sobre o caminho a ser tomado pelo governo inclui, ainda, buscar novas fontes de receitas ou fazer mais cortes de gastos. Entre as medidas para aumentar a arrecadação, diz Haddad, estão dividendos e petróleo, mas sem detalhar como seriam.

Já os cortes terão de ser na ordem de R$ 12 bilhões – além dos R$ 30 bilhões já contingenciados – em recursos para a “saúde, educação, Minha Casa Minha Vida, não sei se o Congresso quer isso”, disse o ministro.

No caso de recorrer ao STF, Haddad afirma que aguardará uma manifestação da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) ou da Advocacia-Geral da União (AGU) que ateste que o decreto legislativo que derrubou o aumento do IOF é inconstitucional.

“Eu sou pela Constituição. E eu penso que o Congresso também vai defender a Constituição. Quando o inverso acontecer, se o Executivo usurpar uma competência do Legislativo, o Congresso vai se defender”, pontuou.

Com informações da Gazeta do Povo

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